Costumo
dizer a muitos dos meus pacientes, amigos e conhecidos, que o AMOR e o
PERDÃO funcionam como os grandes "alvejantes" para a nossa alma,
deixam-na limpinha, leve! Amar e perdoar, com o coração, nos liberta de
dores e sofrimentos, mágoas e rancores que nos prendem a outros.
Perdoando e pedindo perdão, estaremos nos libertando de sentimentos e
emoções negativas e que em nada contibuem para o nosso crescimento
pessoal e melhoria como ser humano, estaremos aliviando o nosso fardo!
Conversávamos o Luccas Brunno e eu de quanto é difícil perdoar, no
sentido real da palavra, de como é um exercicio árduo e que requer o
nosso empenho, sempre! Perdoar a amigos, aos nem tão chegados, pedir
perdão, expondo as nossas dificuldades, aceitando que erramos, nos
equivocamos é uma tarefa nem sempre fácil e nem sempre possivel de
realizar. Nós dois acreditamos que o perdão é o caminho, e buscamos
exercitar essa prática sempre, por mais difícil que possa parecer.
Costumamos dizer que, se impossível nos aproximar de quem nos ofendeu,
ou daquele a quem possamos ter ofendido, poderemos, em desejo, em
intenção, em nossas orações perdoar e pedir perdão. Sabemos que o
pensamento e as palavras são forças vivas e que chegarão aos seus
destinatátios. Reflitamos então, sobre o PERDÃO, sobre a necessidade de
perdoar e de ser perdoado, para que sigamos a nossa caminhada com menos
débitos, com mais leveza, melhores a cada passo. Dividimos com vocês a
mensagem recebida da amiga Bê Pomermayer, para a sua reflexão e com os
nossos votos de que o perdão seja uma prática constante em suas vidas.
(by Angela e Luccas Brunno).
Não levaremos bagagem para o outro mundo, apenas aquela que guardamos em nossos corações. E será ela quem encaminhará nossos espíritos para as trevas ou para luz. Quando conseguimos avançar sem nada, apenas com a consciência e o amor, estamos livres de tudo, de todas as correntes que nos prendem a esta fisicalidade, e podemos enfim vislumbrar um poder maior de existência.
Mas
como se libertar? Como deixar tudo para trás? Não é fácil, lógico,
querido leitor. Ninguém nunca disse que seria fácil. Ninguém nunca
falou que não teríamos que suar para alcançar aquilo que precisamos
alcançar. Veja que este esforço, todavia, se dá por já estarmos
totalmente condicionados e manipulados pela Matriz, do contrário seria
mais fácil. Mas ele então estará presente na evolução de cada pessoa
deste mundo. Sendo assim, essa não é a desculpa para não se libertar.
Todos passam por isso. Se muitos conseguem, por que você não?
Há
algo que não está sendo totalmente levado a sério nestes tempos: o
perdão. Não há maneiras de se chegar ao desapego com qualquer resquício
de rancor e amargura que ainda tenha em seu coração, querido leitor. E
não falamos apenas de perdoar a terceiros, falo de perdoar a si mesmo e
suas assim consideradas falhas num passado, até mesmo no presente. E
tal rancor alimentando por você nada mais é que um prego que você mesmo
martela em seu coração dia após dia. Está na hora de parar de
martelar, está na hora de retirar este prego.
1º Passo
O primeiro passo é ter aquela conversa séria consigo mesmo. Aquela que tantos ainda se negam a ter. Você precisa se conhecer, saber de suas verdadeiras emoções, e daquilo que está escondido lá, no âmago de seu ser. Não será um diálogo fácil, pois estará procurando por algo que seu Ego não quer entregar: o prazer de sentir dor emocional. Ele fará de tudo para ludibriá-lo e fazê-lo desistir de sua tarefa, mas você não deve cair nessa conversa. O Ego depende única e exclusivamente de sua vontade para estar presente, para ter forças e reagir, portanto está em você o poder para domá-lo e obter dele tudo o que é necessário para seu desenvolvimento.
Encontrando
o que deve ser encontrado, terá de removê-lo por completo. Haverá
muitas coisas sobre sua vida que estarão presentes nesta tarefa. Coisas
que você fez, que acha que não deveria ter feito. Coisas que deixou de
fazer, e que acha que deveria ter feito. Atitudes, ações, palavras que
foram ditas, tudo aquilo que sua mente ainda teima em considerar digna
de vergonha, de ódio por si mesmo. Alguma vez que magoou alguém...
Essa dói, não é mesmo, querido leitor? Sim, dói demais. Mas apenas se
você aceitar a dor como o principal estado de sua existência. Do
contrário não vai doer.
Mas
como perdoar nossos erros? Como remediar tanta amargura, ainda mais
alimentada durante tanto tempo? Há duas coisas que você deve entender:
1. O erro cria circunstâncias de aprendizado;
2. Toda atitude leva a algum lugar.
Assim
sendo, aquilo que você considera um erro em seu passado, seja pela
ação ou omissão, serviu para situá-lo num contexto mais favorável de
ações a serem tomadas. Quantos de vocês repetiriam a mesma atitude que
fez nascer esse rancor por si mesmos? Poucos, obviamente. Nossos erros,
mesmo que não admitamos, mesmo que não percebamos, sempre nos ensinam,
direta ou indiretamente, em nossos caminhos. Então não pense que tal
atitude apenas o constrangeu, o fez sair como vilão, magoou alguma
pessoa que não deveria ser magoada, etc, pense que ela serviu para que
você ampliasse um pouco sua consciência a respeito de lidar com pessoas e
fazer ações em sua vida.
E
algo mais a considerar é que onde você provavelmente estaria se não
tivesse cometido os erros que acha que cometeu? Qual seria seu atual
estado de vida? Já pensou que sem ter feito as coisas que você acha que
não merecem perdão, talvez não estivesse aqui, lendo essas linhas,
despertando e buscando a liberdade espiritual? Já pensou que nada do
que fazemos passa batido, mas que tudo ainda assim serve a um propósito
maior? Não há coincidências, assim como não há atitude em vão. Tudo de
um ângulo mais abrangente tem um significado e uma utilidade em
determinada circunstância, seja para você ou para outrem.
Então,
perdoar a si mesmo é dizer obrigado por eu estar onde estou. Obrigado
por a vida ter me levado onde eu precisava estar. Obrigado por minhas
atitudes terem de alguma forma favorecido meu crescimento interior e
meu despertar espiritual. Obrigado e eu me perdôo.
2º Passo
Embora
não tão pungente quanto o ato de perdoar a si mesmo, perdoar a
terceiros ainda causa grande desconforto a muitas pessoas. Mas ele é
necessário para o desapego. Ele é necessário para começar o processo de
emancipação emocional de cada um, levando-o então ao amor
incondicional. Sem perdoar a tudo e a todos, nada do que dissemos será
possível.
Pessoas
nos causam dor emocional por toda a nossa vida; pessoas nos agridem
fisica e emocionalmente; pessoas agem de maneira a nos prejudicar;
pessoas não nos dão o devido valor e consideração; pessoas... As
pessoas são apenas pessoas. Robotizadas, programadas para agirem desta
forma, reféns de suas emoções e atitudes impulsivas, sem questionar o
porquê de fazê-las. Elas dormem, não compreendem nada do que muitos de
vocês já têm claramente desenvolvido em seus corações.
Então
como podemos odiar aqueles que dormem? Como podemos odiar aqueles que
não sabem que tudo o que fazem volta para eles? Como podemos odiar
aqueles que não entendem que perpetuando ações negativadas estarão cada
vez mais presos à Matriz? Será uma atitude sábia, um mestre, com a
consciência ampliada, odiar uma criança que não tem noção de seus atos?
Isso é uma atitude madura, querido leitor?
Pois
os que dormem são isso, crianças adultas tentando se virar num mundo
criado para iludí-las. Eles não sabem de seus atos, não têm a menor
consciência do que estão fazendo. Acham que têm, muitos acham, mas na
verdade são padrões comportamentais e mentais induzidos pela sociedade
como ponto de referência para valores pessoais. Então, o que ganho eu
ao odiar uma criança que joga comida no chão? Que ganho eu ao guardar
emoções negativas que senti quando isso aconteceu, sendo que tive que
limpar todo o chão da cozinha? Será mesmo sábio guardar essas emoções?
Obviamente, não. A criança um dia irá crescer e entender que não se
deve jogar comida no chão, pois além de desperdício, alguém terá de
limpar a sujeira. Cedo ou tarde todos crescem, querido leitor. As
pessoas que dormem também, se não nesta, em outra vida. Então odiá-las é
nonsense puro. É uma tolice sem tamanho.
E
mesmo que o sentimento que corrói seu coração não seja ódio, apenas
amargura, essa não passa de uma faceta do primeiro, não se engane. A
amargura é o ódio contraído e voltado para dentro de si próprio. Então
você precisa decidir se vai continuar preso à este sentimento corrosivo
e, por conseguinte, à Matriz, ou vai tirar esse câncer emocional de
dentro de você e começar a se libertar de verdade?
O Perdão é o Início da Libertação
O
perdão é o desistir de carregar o peso do mundo nos ombros; é a quebra
das correntes da negatividade; é o relaxamento do ponto de tensão. A
questão é: até que ponto você quer se libertar? Apenas no pensamento,
ou em toda a alma? Se a sua escolha é a segunda opção, então, querido
leitor, está na hora de começar a agir para esse intento.
Exercícios:
1º
A primeira coisa a se fazer é anotar num papel, ou mesmo no
computador, tudo aquilo que ainda está guardado em seu coração que diz
respeito a não perdoar a si mesmo. Avalie cada item com toda a atenção
possível, fazendo questão de recordar o sentimento que teve quando tal
ação ou omissão ocorrera. Não tenha medo de reviver. O importante
sempre foi o de se localizar no presente, no agora. Todavia sem limpar a
casa isso não será possível.
Feito
isso, fique em silêncio por algum tempo, em cada item, respire fundo e
deixe que todo amor contido em seu coração se aflore. Lembre-se de que
o amor é uma escolha. Reconheça a existência dessa sujeira e se perdoe,
fazendo o sentimento de luz e paz percorrer cada centímetro de seu
corpo. Sinta, imagine essa sujeira, essas trevas saindo de seu corpo.
Sinta a liberdade de não ter mais essa amargura guardada em seu peito.
Pode parecer difícil, mas apenas na medida em que você estiver fechado à
sua libertação.
Repita
o processo para cada item da folha. Tente pela imaginação, arrancar
todo o rancor do seu corpo, mente e espírito. Lembre-se também de que a
imaginação é o prelúdio da ação, e que a mente não distingue realidade
de ficção, portanto ela, a imaginação, tem o poder de ajudar em nossas
mudanças interiores. Também se lembre de que não poderá amar a si
mesmo verdadeiramente enquanto não se perdoar.
2º Talvez
um pouco mais difícil que o anterior, este vai lidar com terceiros.
Portanto, talvez exija de cada um muita coragem. Se em algum item do
exercício anterior estiver algum que diga respeito a atitudes que você
fez a outras pessoas, coloque-as numa nova lista e reflita bem sobre
cada uma delas. Veja até que ponto você consegue perdoar-se apenas por
si mesmo, apenas com sua vontade de fazê-lo, sem necessitar de um
desencargo de consciência.
Caso
isso não seja possível, e você precise expressar de alguma forma o que
está sentindo para que tal perdão se dê de uma maneira profunda,
deverá então perder o medo e confrontar uma face de suas amarguras.
Portanto, se você acha que errou com alguém, acha que magoou alguém,
mas não consegue se perdoar sozinho, a não ser que peça perdão àqueles
que magoou, então é isso mesmo que deverá fazer.
Não
tenha medo, porém, de agir para cumprir o que precisa ser feito:
perdoar a si mesmo. Se for necessário você entrar em contato com alguém
para se desculpar, o faça, não tenha receios, não pense duas vezes.
Todavia, não espere ser perdoado, você não sabe o estado emocional da
outra pessoa, portanto é tolice querer perdoar a si mesmo apenas se
você for perdoado. O ato de desculpar-se deve bastar para que o peso
que carrega sobre seus ombros seja finalmente liberado. E é nisso que
você deve pensar caso necessite pedir desculpas.
3º
Este passo é um complemento do anterior, e talvez o mais difícil:
perdoar aqueles que lhe fizeram mal. Sim, muitas pessoas, como dissemos
anteriormente, costumam agir de maneira inconsequente, impensada e nos
machucam sem notar que estão fazendo, e mesmo o fazendo
intensionalmente, ainda não têm verdadeira compreensão daquilo que
fazem a terceiros e a si mesmos, como consequência. Por isso, essa
consciência que você agora tem, querido leitor, já lhe faz compreender
que agimos grande parte de nossas vidas inconscientes de nossas ações.
Portanto,
tudo o que foi feito não deve mais ser encarado da mesma maneira. A
sua visão agora está ampliada e você entende que ninguém o machucou,
sabendo o que estava fazendo, sabendo das consequências. Fizeram como a
criança que joga comida no chão. Não sabem que aquilo é desperdício;
não sabem que alguém terá de limpar o chão; não sabem que o sentimento
que aquilo causou, cedo ou tarde será descontado nela mesma pelos pais,
se eles forem desequilibrados. E como crianças, os que dormem não têm
noção de seus atos e portanto, você, querido leitor, não deve ser o
adulto desequilibrido. Deve ser o adulto consciente, amoroso, que
entende que não podemos guardar mágoas daqueles que não sabem o que
fazem, ou mesmo, dos que sabem, já que a mágoa é um veneno que você
toma por livre e expontânea vontade.
Então lhe pergunto? Até quando continuará tomando este veneno?
Deste
modo, querido leitor, se alguém lhe pediu desculpas e você não as
aceitou, está na hora de fazê-lo. Entre em contato com a pessoa e faça
as pazes. Caso a pessoa que tenha lhe magoado não tenha se desculpado,
perdoe-a também, à distância, na paz de sua mente e coração. Por favor,
pare de se envenenar.
Quando
morremos, levamos nossos sentimentos e pensamentos conosco, criando
assim nosso pós-vida baseado nessas emoções, que de forma direta irão
criar padrões para nos prendermos ao ciclo encarnatório, devido ao peso
de nossas consciências. Apenas se despindo de todas as negatividades é
que podemos alcançar a liberdade. E o perdão é o começo da libertação.
"Só quem entende a beleza do perdão pode julgar seus semelhantes."
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